quinta-feira, 27 de abril de 2023

PASTORAL

                  A busca por satisfação e a loucura do pecado



O capítulo 2 do livro de Eclesiastes é uma reflexão profunda sobre as buscas humanas por satisfação e prazer. O autor, identificado como o sábio rei Salomão, expõe sua busca por realizações através do trabalho, da riqueza, dos prazeres e do conhecimento. Contudo, Salomão conclui que todas essas coisas são passageiras e não podem satisfazer o vazio existencial do ser humano.

                         Ao longo do texto, Salomão nos alerta sobre a loucura de se entregar ao pecado e às buscas mundanas como forma de preencher o vazio interior. Ele reconhece que, ao buscar a satisfação em coisas passageiras, estamos na verdade correndo atrás do vento, pois tudo isso é fugaz e não oferece uma satisfação duradoura.

O autor também nos lembra da brevidade da vida e da importância de viver com sabedoria e prudência. Ele nos chama a atenção para o fato de que, no final das contas, a única coisa que realmente importa é nossa relação com Deus e nosso propósito eterno.

A busca por prazer e satisfação, quando guiada pelo pecado, pode nos afastar da presença de Deus e nos levar a um caminho de destruição e desespero. É importante lembrar que o pecado sempre traz consequências negativas, seja no presente ou no futuro.

Portanto, devemos estar sempre vigilantes e buscar a Deus em todas as áreas da nossa vida, para que não sejamos enganados pelas ilusões do mundo e do pecado. Somente em Deus encontraremos a verdadeira satisfação e realização que tanto buscamos.


Como aplicação para as famílias (lembrando que a partir de hoje o foco é família), é importante que ensinemos aos nossos filhos desde cedo a importância de buscar a Deus em todas as áreas da vida e a evitarem as armadilhas do pecado. Devemos ser modelos de vida cristã em nossos lares, ensinando e guiando nossos filhos a terem uma relação profunda e verdadeira com Deus. Que possamos seguir o exemplo de Salomão e viver com sabedoria, buscando em Deus o verdadeiro sentido da vida. Que a graça e a misericórdia de Deus nos guiem sempre! Amém.


Em Cristo,

Pr. Camilo

terça-feira, 18 de abril de 2023

Reflexão

 OS CINCO PONTOS DO CALVINISMO


A Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) possui uma origem reformada na qual tem como base doutrinária a Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática. Originando-se da reforma protestante, a IPB também é uma igreja Calvinista. Cremos e confessamos os cinco pontos do calvinismo.

1. Depravação total: Todos os seres humanos nascem pecadores e estão, portanto, separados de Deus.

Romanos 3:10-12: "Não há um justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, juntamente se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer."

Loid Jones: pregou a depravação total em seu sermão domingo, enfatizando que todos os seres humanos nascem pecadores e estão separados de Deus desde o nascimento.
Loid Jones. (2012). Sermon: Total Depravity. Retrieved from https://www.sermoncentral.com/sermons/total-depravity-loid-jones-sermon-on-sin-general-163419


2. Eleição incondicional: Deus escolheu quem será salvo antes mesmo da criação do mundo, independentemente de qualquer mérito humano.

Efésios 1:4-5: "Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para ele mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade."
- Romanos 9:11-13: "Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus segundo a eleição ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, mas odiei a Esaú."

John MacArthur: explicou a eleição incondicional em seu estudo bíblico, salientando que Deus escolheu quem será salvo independentemente de qualquer mérito humano, e essa escolha foi feita antes mesmo da criação do mundo.
John MacArthur. (2008). Predestination and Election. Retrieved from https://www.gty.org/library/sermons-library/80-355/predestination-and-election

3. Expiação limitada:
A morte de Jesus na cruz foi destinada apenas para aqueles que foram eleitos por Deus.

João 10:14-15: "Eu sou o bom pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas."
- João 17:9: "Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus."

John Stott: enfatizou a expiação limitada em sua pregação, argumentando que a morte de Jesus na cruz foi destinada apenas para aqueles que foram eleitos por Deus para salvá-los.
John Stott. (2006). The Extent of the Atonement. Retrieved from https://www.thegospelcoalition.org/themelios/article/the-extent-of-the-atonement-a-historical-and-critical-review/

4. Graça irresistível: Aqueles que foram eleitos por Deus serão atraídos e salvos por ele independentemente de qualquer resistência humana.

João 6:44: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia."
- Filipenses 2:13: "Pois Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade."

Louis Berckoff: discutiu a graça irresistível em sua conferência teológica, destacando que aqueles que foram eleitos por Deus serão irresistivelmente atraídos e salvos por ele, independentemente de qualquer resistência humana.
Louis Berkhof. (1996). Systematic Theology. Grand Rapids, MI: Eerdmans.


5. Perseverança dos santos:
Aqueles que foram eleitos por Deus estão eternamente seguros e não podem perder sua salvação.

João 10:27-29: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai."
- Romanos 8:38-39: "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor."

Loid Jones: ensinou sobre a perseverança dos santos em seus estudos bíblicos, defendendo que aqueles que foram eleitos por Deus estão eternamente seguros e não podem perder sua salvação.
Loid Jones. (2015). Perseverance of the Saints. Retrieved from https://www.sermoncentral.com/sermons/perseverance-of-the-saints-loid-jones-sermon-on-perseverance-196725


Com amor: Pr. Camilo.

Pastoral

 A GRAÇA MERITÓRIA


A frase "a arrogância fecha a porta da graça e a humildade abre a porta do reino" tem se espalhado entre muitos cristãos nos últimos anos. Apesar de parecer uma afirmação sábia, ela pode levar a uma conclusão errada sobre a relação entre nossas ações e o favor de Deus.


A Bíblia ensina que a salvação e a graça de Deus não são concedidas com base em nossos méritos ou deméritos. Em Efésios 2:8-9, por exemplo, Paulo escreve: "Pois pela graça fostes salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie".


Isso significa que não podemos "merecer" a salvação ou a graça de Deus. É pela fé em Cristo que recebemos esse presente, independentemente do que fizemos ou deixamos de fazer. Não é nossa humildade ou arrogância que abre ou fecha a porta da graça, mas a fé em Cristo.


No entanto, a humildade é uma virtude bíblica importante. Jesus ensinou a necessidade de sermos humildes de coração e reconhecermos nossas fraquezas e dependência de Deus (Mateus 5:3; Lucas 14:11). Em vez de nos orgulharmos de nossas habilidades ou realizações, devemos reconhecer que tudo o que temos e somos vem de Deus.


A humildade também é um dos frutos do Espírito Santo listados em Gálatas 5:22-23. Isso significa que, à medida que seguimos a Cristo e recebemos o Espírito, somos capacitados a desenvolver a humildade em nossa vida. Mas, novamente, isso não significa que nossa humildade "ganha" a graça de Deus - é um resultado da nossa fé em Cristo e do trabalho do Espírito em nós.


Em resumo, a afirmação de que a arrogância fecha a porta da graça e a humildade abre a porta do reino pode ser mal interpretada como uma mensagem de que precisamos "merecer" a salvação e o favor de Deus. No entanto, a Bíblia ensina que a graça é um presente concedido livremente por Deus, e que a humildade é uma virtude importante como resultado da nossa fé e do trabalho do Espírito em nós.


Com amor: Pr. Camilo.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

PASTORAL

        A Importância da Santidade na Vida Cristã



"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" - Hebreus 12:14


             A santidade é um tema fundamental na vida cristã. A Bíblia nos ensina que somos chamados para viver uma vida separada do pecado e consagrada a Deus. A santidade não é algo opcional, mas uma exigência de Deus para todos aqueles que desejam andar em sua presença e ter uma vida plena em Cristo, já que em Cristo fomos libertos do poder e escravidão do pecado.

A santidade  é tanto soberania de Deus quanto responsabilidade humana, é um processo contínuo de transformação que acontece pela obra do Espírito Santo em nós (Doutrina da Perseverança dos Santos). Devemos estar dispostos a deixar o pecado e buscar a santidade, buscando a Deus em oração, vigiando, meditação na Palavra e comunhão com irmãos de fé (congregar).

A santidade não significa ser perfeito ou sem pecado, mas é a busca constante pela vontade de Deus e a transformação de nossa vida para refletir o caráter de Cristo. É a escolha diária de renunciar ao pecado e viver em obediência à Palavra de Deus.

A santidade é uma escolha que devemos fazer todos os dias. Ela é uma parte essencial de nossa vida cristã e nos ajuda a ter uma comunhão mais profunda com Deus. Devemos buscar a santificação, deixando de lado as coisas do mundo e nos dedicando a viver de acordo com a vontade de Deus. Que o Espírito Santo nos ajude a crescer em santidade e a nos tornar mais parecidos com Cristo a cada dia.

Que essa mensagem nos desafie a buscar a santidade em nossas vidas sem legalismo. Que possamos fazer uma auto avaliação e identificar as áreas em que precisamos crescer em obediência e busca por Deus. Que possamos orar uns pelos outros, buscando encorajamento e ajuda mútua nessa caminhada. E que possamos viver em santidade, refletindo a glória de Deus para o mundo ao nosso redor.

Com amor: Pr. Camilo

 

segunda-feira, 10 de abril de 2023

REFLEXÃO PASTORAL

 

Páscoa o pão sem fermento



Essa é uma reflexão sobre o sermão que preguei ontem na igreja no culto de páscoa  e gostaria de compartilhar essa reflexão aqui no meu blog. Qualquer dúvida deixe nos comentários.

A Páscoa é um momento especial para nós cristãos, pois celebramos a ressurreição de Jesus Cristo e a vitória sobre o pecado e a morte. No entanto, a Páscoa também nos chama à pureza, à renovação espiritual e à santidade.

No Antigo Testamento, o pão sem fermento era um símbolo da festa da Páscoa, que celebrava a libertação dos hebreus da escravidão no Egito. O pão sem fermento, também chamado de "pão ázimo", representava a pressa e a urgência em deixar o Egito, uma vez que não havia tempo suficiente para esperar a massa do pão fermentar. Além disso, o pão sem fermento era um símbolo da pureza e da santidade, já que o fermento representava o pecado e a corrupção.

Na carta do apóstolo Paulo à igreja de Corinto, vemos como ele se preocupava com a pureza e a santidade da igreja. Paulo repreende a igreja pela imoralidade que estava ocorrendo entre eles e os desafia a remover aquele que estava praticando o pecado. Ele enfatiza que, como igreja, eles precisam buscar a santidade e a pureza para que não sejam contaminados pelo pecado.

Assim como os judeus deveriam se livrar do fermento em suas casas durante a celebração da Páscoa, a igreja também deve remover o fermento da imoralidade e do pecado de sua comunidade para ser uma nova criação em Cristo. Precisamos nos purificar do pecado e buscar a santidade para que possamos ser uma igreja pura e agradável a Deus.

"Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus." (Mateus 5:8)

"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida." (Provérbios 4:23)

"Não se deixem enganar: as más companhias corrompem os bons costumes." (1 Coríntios 15:33)

"Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo." (1 João 2:15)

"Livra-me, Senhor, dos lábios mentirosos e da língua traiçoeira." (Salmos 120:2)

"Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo." (Éfésios 4:32)

Todos esses textos mostram a importância de manter o coração puro e livre do mal, seja evitando más companhias, evitando amar o mundo e seus desejos, ou buscando ser bondoso e compassivo com os outros. O trecho que fala sobre o fermento também é bastante significativo nesse sentido, pois mostra como uma pequena quantidade de malícia pode contaminar todo o coração e levar a más atitudes. Por isso, é importante que o cristão esteja sempre atento e buscando manter o coração limpo e livre do mal.

Devemos lembrar que um pouco de fermento pode levedar toda a massa, e um pouco de pecado pode contaminar toda a igreja. Portanto, precisamos estar atentos para não usarmos o fermento de satanás ou invés de tirar o fermento da maldade e da malícia.

Nesta Páscoa, que possamos nos lembrar da importância da pureza e da santidade em nossas vidas. Que possamos retirar o fermento do pecado e viver uma vida agradável a Deus. Que possamos ser uma igreja pura e santa, buscando sempre a vontade do Senhor em todas as coisas. Sendo também um cristão que não é um fermento contaminado para prejudicar toda massa. Seja uma massa pura sem fermento.

Com amor: 

Pastor Camilo


sábado, 1 de abril de 2023

Reflexão

 Teologia Coaching 




Existe uma frase que diz: "Seu maior inimigo é você mesmo e se você não conseguir vencer o seu eu, não vencerá o mundo". Essa frase é popular em muitos círculos da teologia do coaching, mas não tem base bíblica. A Bíblia nos ensina que o nosso maior inimigo não somos nós mesmos, mas sim Satanás, o diabo. Em Efésios 6:12, está escrito: "Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes".


Além disso, a Bíblia também nos ensina que a única maneira de vencer o mundo é através da nossa fé em Jesus Cristo, conforme 1 João 5:4-5. É importante lembrar que o nosso verdadeiro inimigo não é a nossa natureza humana, mas sim Satanás, que é descrito como um adversário astuto e mal-intencionado nas Escrituras (1 Pedro 5:8). Nossa natureza humana caida foi salva por Jesus na cruz.


Não podemos esquecer que a vitória não é alcançada apenas através da nossa própria força e esforço. Somos salvos pela graça de Deus através da fé em Jesus Cristo, e é Ele quem nos capacita a vencer o mundo, o diabo e a carne (1 João 5:4-5). Também podemos contar com o auxílio do Espírito Santo, que nos fortalece e nos ajuda a superar as fraquezas (Romanos 8:26-27).


Por outro lado, devemos lembrar que a vida cristã não é uma batalha que travamos "sozinhos", mas uma jornada que percorremos juntos como membros do corpo de Cristo. Precisamos uns dos outros para encorajar, orar e apoiar mutuamente na caminhada da fé (Hebreus 10:24-25). Por todos esses motivos, não podemos nos ver como nosso maior inimigo, mas sim como filhos de Deus salvos em Cristo e  irmãos que caminham juntos em direção ao mesmo objetivo que é crescer na maturidade cristã e viver para glória de Deus.

Devocional - Rev. Camilo

Os lábios do justo "Os lábios do justo sabem o que é próprio, mas a boca dos ímpios só conhece a perversidade." - Provérbios 10:32...