sexta-feira, 31 de março de 2023

Reflexão Teologica

 A Escravidão da Vontade da Carne e Dos Pensamentos.



A Escravidão da Vontade da Carne e dos Pensamentos: Uma Análise Teológica e Prática


A Escritura Sagrada nos ensina que todos os seres humanos estão sujeitos à escravidão da vontade da carne e dos pensamentos, ou seja, estão se inclinando para o domínio do pecado em vez do domínio da santidade de Deus, isso por causa da queda no Éden. O apóstolo Paulo, em Efésios 2:3, nos lembra dessa realidade, quando afirma que todos nós, antes de sermos salvos pela graça de Deus, estávamos “vivendo de acordo com o curso deste mundo, de acordo com o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência".

A vontade da carne é a inclinação natural do ser humano para o pecado, que surge dos desejos pessoais não regenerados (Depravação Total). A nossa vontade pecaminosa é a força condutora que nos leva a fazer o que é mau – “As paixões da nossa natureza humana estão sempre lutando contra o Espírito, e ação do Espírito estão sempre lutando contra a nossa natureza humana. Esses dois são inimigos, e por isso vocês não podem fazer o que querem” (Gálatas 5:17).

Os pensamentos humanos também são contaminados pela influência pecaminosa do mundo e pela astúcia do maligno. De acordo com Efésios 4:17-18, os não crentes têm uma mente vazia e tola, que é separada da vida de Deus. Eles são escravos de pensamentos enganosos e são incapazes de compreender as verdades espirituais. 

Quando olhamos para essa realidade teológica, é fácil perceber que precisamos de ajuda para lidar com a nossa escravidão à vontade da carne e aos pensamentos pecaminosos. A boa notícia é que Deus proveu essa ajuda através de sua graça. 

A graça de Deus é a fonte pela qual recebemos salvação e libertação do domínio do pecado. Por meio da obra redentora de Jesus Cristo, fomos resgatados e purificados do pecado – “Nele, pelo seu sangue, fomos libertados dos nossos pecados e recebemos o perdão. Essa é a riqueza da graça de Deus” (Efésios 1:7). 

O Espírito Santo também no processo da santificação é a fonte de ajuda para lidar com a escravidão à vontade da carne e aos pensamentos pecaminosos. O Espírito Santo nos capacita a viver de acordo com a vontade de Deus em vez de ceder às tentações do pecado – “Mas o Espírito produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio” (Gálatas 5:22-23).

Em resumo, a nossa escravidão à vontade da carne e aos pensamentos pecaminosos é uma realidade teológica que precisamos enfrentar. No entanto, a graça de Deus e o Espírito Santo são fontes poderosas de ajuda para libertação e santificação. Nossa responsabilidade é "cooperar" (responsabilidade humana) com a obra de Deus em nós (soberania divina), buscando-o constantemente por meio da oração, da leitura e estudo da Bíblia e da participação na comunidade cristã. Somente assim conseguiremos viver de acordo com a vontade de Deus e sermos livres da escravidão do pecado e de seu poder sobre nós.

quarta-feira, 29 de março de 2023

REFLEXÃO

  A VERDADEIRA PÁSCOA

 Libertação e Nova Vida em Cristo

    A Páscoa é uma festa muito antiga e rica em significados. Para os judeus, ela comemora a libertação do Egito, quando o sangue do cordeiro foi colocado nas portas das casas e o povo foi salvo da morte. Para nós os cristãos, a Páscoa comemora a ressurreição de Jesus, quando o sangue do Cordeiro de Deus foi derramado para que pudéssemos ser salvos da morte eterna.

    No entanto, muitas vezes perdemos de vista o significado profundo da Páscoa. Em nossa cultura consumista, a Páscoa se tornou uma festa comercial, com coelhos, ovos de chocolate e presentes achocolatados. Precisamos voltar às Escrituras para redescobrir o verdadeiro significado da Páscoa.

    O apóstolo Paulo nos lembra em 1 Coríntios 5:7 que a Páscoa é uma celebração da libertação e da nova vida que temos em Cristo. Ele nos instrui a "purificar" a nós mesmos, livrando-nos do fermento velho, ou seja, do pecado que ainda está em nossas vidas. Assim como os judeus precisavam se livrar do fermento antes da Páscoa, nós também precisamos nos livrar do pecado em nossa responsabilidade humana no processo de santificação não somente antes de celebrarmos a Páscoa (quaresma), mas durante toda a nossa peregrinação nesta vida.

    Mas por que precisamos nos purificar? Paulo nos dá a resposta: "Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós". A Páscoa é uma celebração da libertação que Cristo nos trouxe através de Seu sacrifício na cruz. Assim como os judeus foram libertados da escravidão no Egito, nós fomos libertados da escravidão do pecado através da morte de Cristo.

    Mas a Páscoa não é apenas uma celebração da libertação. É também uma celebração da nova vida que temos em Cristo. Paulo escreve: "Purificai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento." Quando somos encontrados por Cristo e nos arrependemos de nossos pecados, somos transformados em novas criaturas. Recebemos uma nova vida em Cristo, uma vida que é livre do poder do pecado e da morte.

    Nesta Páscoa, convido vocês a se juntarem aos cristãos em renovar nossa devoção a Cristo, nosso Salvador e Senhor. Vamos nos purificar do fermento velho do pecado e nos alegrar na nova vida que temos em Cristo. Que esta Páscoa seja uma oportunidade para renovarmos nossa fé em Jesus e para proclamarmos ao mundo a libertação e a nova vida que encontramos Nele.

    A verdadeira Páscoa para os cristãos ocidentais na contemporaneidade não é uma festa comercial, mas uma celebração de grande significado e poder. É um momento especial para lembrarmos da libertação e da nova vida que temos em Cristo. Que Deus os abençoe ricamente nesta Páscoa e sempre. Amém.

sexta-feira, 24 de março de 2023

PASTORAL

 OLHO POR OLHO E DENTE POR DENTE


"Olho por olho e dente por dente fazia parte da lei e muitos tinham prazer em cumpri-la. Hoje, vemos que embora essa lei tenha passado, muitos gostam e sentem prazer em praticar, talvez não literalmente, mas para justificar vinganças ou pequenos "trocos" de ofensa. Jesus disse: "Ouvistes o que foi dito: 'Olho por olho e dente por dente'. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra."


Aqui, Jesus está alargando o escopo e aprofundando a aplicação do princípio do amor ao próximo. Ele agora desafia seus discípulos a lutar não apenas contra o mal próprio, mas também contra o mal nos outros. No Evangelho de Lucas, este texto bíblico precede ao mandamento de amar aos próprios inimigos e é seguido pela admoestação "como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles" (6.27-31). Jesus está acentuando nossa obrigação de nunca revidar o mal que nos é feito. A Bíblia é clara: aqueles que são de Deus não pagam o mal com o mal.


Em Romanos 12.17-21, Paulo reafirma o ensinamento de Cristo Jesus, dizendo: "Não torneis a ninguém mal por mal... Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem". Então, este é o mandamento natural para amar o próximo como a si mesmo! Neste caso, a resposta ao mal que recebemos não cabe o desejo de vingança. É de fato um desafio tratar com amor aqueles que se portam com maldade contra nós! Amar neste caso é não desejar, querer ou fomentar o mal contra aqueles que nos fazem o mal. Pois, assim agem os filhos do Diabo e não os filhos de Deus."

ARTIGO

    O PASTORADO AUXILIAR




    A igreja é um organismo vivo e dinâmico que tem a missão de crescer e se multiplicar para cumprir o mandato de Cristo de fazer discípulos em todas as nações (Mateus 28:19-20). Porém, muitas igrejas locais enfrentam desafios no processo de crescimento, especialmente aquelas que são pequenas e possuem recursos limitados. 

     Neste contexto, a presença de um pastor auxiliar pode ser uma estratégia valiosa para promover o crescimento da igreja e ajudá-la a cumprir sua missão. 

    Neste artigo, vamos explorar a necessidade teológica e pastoral de se ter um pastor auxiliar em uma igreja local pequena, com base na Bíblia e em princípios de teologia pastoral.

     A importância do pastoreio na igreja:

      Antes de discutirmos a necessidade de um pastor auxiliar, é importante entender a importância do pastoreio na igreja. O pastoreio é uma das funções mais importantes da liderança da igreja, sendo que o pastor é responsável por cuidar e alimentar o rebanho de Deus (João 21:15-17). Essa tarefa envolve não apenas a pregação e o ensino da Palavra de Deus, mas também o cuidado pastoral, aconselhamento, oração e a administração da igreja.

 A necessidade de um pastor auxiliar:

      Em uma igreja pequena, o pastor pode acabar sobrecarregado com as múltiplas responsabilidades que o pastoreio envolve. Além disso, a limitação de recursos financeiros e humanos pode dificultar o crescimento da igreja e a realização de novas iniciativas ministeriais. É nesse contexto que a presença de um pastor auxiliar pode ser fundamental. 
     O pastor auxiliar pode ajudar a aliviar a carga de trabalho do pastor titular, permitindo que ele tenha mais tempo e energia para se concentrar em suas funções principais de pregação e ensino. Além disso, o pastor auxiliar pode ter habilidades e dons complementares ao do pastor titular, o que pode contribuir para a diversificação do ministério da igreja e a realização de novas iniciativas. 
     Outra vantagem de ter um pastor auxiliar é a possibilidade de se investir em novos líderes na igreja. O pastor auxiliar pode ser um mentor e um treinador para esses líderes em potencial, ajudando a desenvolver suas habilidades ministeriais e capacitando-os para assumir responsabilidades na igreja.

      Por fim, a presença de um pastor auxiliar pode ser uma forma de investir no crescimento da igreja. Com mais recursos humanos e financeiros disponíveis, a igreja pode realizar novas iniciativas ministeriais, alcançar novas pessoas e expandir sua influência na comunidade. 

A base bíblica para um pastor auxiliar:

      Embora a Bíblia não trate especificamente da questão de ter um pastor auxiliar, há vários princípios bíblicos que podem ser aplicados a essa questão. Um desses princípios é a ideia de que a liderança da igreja é uma responsabilidade compartilhada por vários líderes (Atos 20:28, 1 Pedro 5:1-4). Além disso, a Bíblia nos ensina que o ministério é um trabalho em equipe, e que cada membro do corpo de Cristo tem um papel importante a desempenhar (1 Coríntios 12:12-27). Ao ter um pastor auxiliar, a igreja pode se beneficiar da contribuição única que cada membro traz para a equipe ministerial, permitindo que a igreja cresça e alcance seu potencial máximo.

    Existem inúmeros exemplos de pastores auxiliares que ajudaram no crescimento de igrejas. Aqui estão apenas alguns exemplos:

Charles Haddon Spurgeon e seu pastor auxiliar, Joseph Parker - Durante o ministério de Spurgeon na Igreja Batista Metropolitana em Londres, ele teve a ajuda de Joseph Parker como seu pastor auxiliar. Juntos, eles ajudaram a igreja a crescer de cerca de 200 membros para mais de 5.000.

John Piper e seu pastor auxiliar, Tom Steller - Durante o ministério de Piper na Igreja Batista de Belém em Minneapolis, ele teve a ajuda de Tom Steller como seu pastor auxiliar. Juntos, eles ajudaram a igreja a crescer de cerca de 300 membros para mais de 3.000.

Rick Warren e sua equipe pastoral - Durante o ministério de Warren na Igreja Saddleback em Lake Forest, Califórnia, ele formou uma equipe pastoral de cerca de 50 pastores auxiliares. Juntos, eles ajudaram a igreja a crescer de cerca de 200 membros para mais de 30.000.

A.W. Tozer e seu pastor auxiliar, Harry Verploegh - Durante o ministério de Tozer na Igreja Aliança em Chicago, ele teve a ajuda de Harry Verploegh como seu pastor auxiliar. Juntos, eles ajudaram a igreja a crescer e a se tornar uma das igrejas mais influentes nos Estados Unidos.

    Esses são apenas alguns exemplos de pastores auxiliares que ajudaram no crescimento de igrejas. Há muitos outros casos de pastores auxiliares que ajudaram a construir e fortalecer igrejas em todo o mundo.

    Em conclusão, a presença de um pastor auxiliar pode ser uma estratégia valiosa para promover o crescimento de uma igreja local pequena. A Bíblia nos ensina que a liderança da igreja é uma responsabilidade compartilhada e que o ministério é um trabalho em equipe. Ter um pastor auxiliar pode aliviar a carga de trabalho do pastor titular, permitir que novas iniciativas ministeriais sejam realizadas, investir em novos líderes e capacitar a igreja para alcançar seu potencial máximo. Portanto, é importante que a liderança da igreja esteja aberta e disposta a considerar a necessidade de um pastor auxiliar em sua igreja local.


Devocional - Rev. Camilo

Os lábios do justo "Os lábios do justo sabem o que é próprio, mas a boca dos ímpios só conhece a perversidade." - Provérbios 10:32...